Se o torcedor do São Paulo não tivesse vestido branco, tomado champanhe e visto fogos de artifício, mal saberia que já está em outro ano. Seu time continua o mesmo: confuso, lento, sem perspectiva de melhora. Bom para o Bragantino, que teve a sorte de enfrentar rival tão fraco já na primeira rodada do Paulistão. Com a fórmula repetida do eterno técnico Marcelo Veiga, mas que sempre incomoda, a equipe do interior venceu por 2 a 0 sem muito trabalho.
Houve algumas novidades no Tricolor, é verdade. Uma carinha de Muricy com três zagueiros, um novo posicionamento para Wellington, a volta de Cañete. Mas, por enquanto, nada foi capaz de melhorar a tenebrosa versão 2013. Até os gritos das arquibancadas foram os mesmos. A torcida insistiu em pedir raça, que não é nem nunca foi o principal problema, e fez apelo a Juvenal Juvêncio: "Ô, ô, ô, queremos jogador!".
O Bragantino apresentou a proposta de jogo mais simples possível: fechado, compacto e veloz nos contra-ataques. Foi suficiente. Com a vantagem de 2 a 0, construída em cima das falhas defensivas do 3-5-2 e do talento de Cesinha, o time apelou de vez às saídas em velocidade, raríssimas no segundo tempo.
A fase do São Paulo é tão ruim que nem mesmo a insólita fórmula do Paulistão salva. Todos os times do Grupo A perderam até aqui, mas só os comandados de Muricy por uma desvantagem de dois gols. Ou seja, todos têm zero ponto na chave, mas o saldo de gols deixa o Tricolor na lanterna.